Pedro Guilherme Andrade
PGA é o agrônomo de Pedro Guilherme Andrade, produtor com experiência e créditos firmados na produção vitinícola portuguesa.
Oriundo de uma família de pequenos produtores de vinho do concelho de Anadia, capital da Bairrada, Pedro Guilherme Andrade cedo percebeu que a vitivinicultura era quase uma fatalidade na sua vida. Um destino que lhe era imposto precocemente por um quotidiano familiar e por uma geografia emocional que relevam a prodigalidade da vinha às mãos do Homem, numa alquimia que passa ainda pela adega e culmina no vinho. Com formação em Engenharia Agrónoma e especialização em Enologia, Pedro Guilherme Andrade exerceu diversas funções no setor dos vinhos, desde meados da década de 1990. Como enólogo de várias empresas da Bairrada, contribuiu para o movimento de renovação dos vinhos da região, que hoje assumem um perfil mais moderno sem perderem as suas características matriciais. A sua atividade como produtor individual arrancou no final da década de 2000, aproveitando o know-how adquirido profissionalmente e as excelentes condições vitivinícolas da propriedade familiar. Com a marca PGA, começou por produzir espumantes de perfil tradicional mas com um twist contemporâneo. Agora, aventurou-se na produção de vinhos tranquilos também com um estilo tradicionalmente bairradino, apesar de elaborados com modernas técnicas de vinificação.
O portefólio de produtos PGA traduz uma vontade de preservar a genuinidade vinícola da Bairrada, a partir de pequenos lotes de vinhos laboriosamente preparados e maturados. Isto num momento de grande massificação e diversificação da oferta de vinhos a nível mundial, mas também, e paradoxalmente, de uma certa homogeneização das características organoléticas (aroma, sabor, cor, corpo, textura…) dos mesmos. Ao invés, a PGA cria vinhos com identidade, caráter, complexidade. Vinhos com sentimento de pertença a um terroir, mas ao mesmo tempo de perfil cosmopolita graças ao know-how enológico e à inovação tecnológica que a globalização proporciona aos produtores de todo o mundo. No fundo, a PGA reinterpreta a tradição para que os seus vinhos sejam autenticamente Bairrada – como um poema que precisa da rugosidade do papel amarelecido e da subtileza da tinta permanente para atingir a exuberância.